No último domingo assisti uma entrevista de Oscar Niemeyer no programa
É Notícia da Rede Tv e fiquei impressionado com a lucidez de um homem que acabou de completar 102 anos. Lembrando e contando fatos presenciados por ele durante um século e sua convivência com personagens importantes da nossa história, entre eles
Luis Carlos Prestes - Cavaleiro da Esperança, o fato de ele ser um dos arquitetos mais importantes e respeitado do país ficou em segundo plano, mostrando uma história de vida pouco conhecida e interessante.
Com isso fiquei pensando a relação do homem com o tempo na questão da longevidade. Um homem que tem a sorte de vivenciar tanto tempo quanto Niemeyer, além de presenciar vários acontecimentos e poder usufruir mais por mais tempo, tudo de bom que a vida tem pra lhe oferecer, tem que lidar com várias situações como: ver pessoas queridas morrerem, lidar com a saudade, ter consciência de que a morte agora, mais que nunca, é uma questão de tempo. Além disso é necessário uma adaptação a mudanças, pois costumes e modas presenciados a duas, três ou mais décadas passadas, simplesmente não existem mais.
Considerado o maior arquiteto moderno do País, Oscar Ribeiro de Almeida de Niemeyer Soares Filho nasceu em 15 de dezembro de 1907, no Rio de Janeiro. Casou-se com Annita Baldo, e tem uma filha, cinco netos, 13 bisnetos e quatro trinetos. Formado na Escola Nacional de Belas Artes, tem Brasília como uma de suas mais importantes obras. Recebeu os prêmios Lênin da Paz, do Governo da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, em 1963, e o Pritzker de Arquitetura, dos Estados Unidos, em 1988. Em 1995, recebeu o Título de Doutor Honoris Causa da Universidade de São Paulo e, em 2001, o Título de Arquiteto do Século XX, do Conselho Superior do Instituto de Arquitetos do Brasil.
